quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Até logo, pai.




Quando criança meu pai foi meu herói.Trazia-me o mundo se precisasse.Um lutador, um jovem pai trabalhador.Um homem incansável no intuito de me dar conforto.Para mim, ele era imortal.Mas, com o passar dos anos, vi que meu herói não era tão imbatível assim.Embora não parecesse,tinha uma saúde frágil.Era portador da doença de Chagas, perdera a mãe e um irmão e viriam ainda a perda de mais 5 irmãos devido a este mal.Então, todas as noites pedia a Deus por sua saúde e que prolongasse sua vida.Deus me atendia e concedia mais um ano da presença do meu pai.
Porém,nesse início de ano, mais exatamente às 2h da madrugada do dia 25 de janeiro de 2011, depois de 6 dias na UTI, Deus o recolheu .Achou que já era hora e levou meu pai.Indescritível dor a que senti vendo meu herói no seu derradeiro leito carnal.Trazia no rosto aquela expressão alegre de quando sabia que estava me fazendo feliz, ao mesmo tempo trazia uma feição de quem iria finalmente descansar.Banhei seu rosto com meu pranto de dor, de uma saudade funda, triste.Beijei-lhe a face o quanto pude,tentava juntar sua mão a minha inúmeras vezes,As unhas ainda sujas do homem trabalhador que sempre fora me enchiam de pena.Quão humilde e bom fora meu pai!A hora do adeus final infelizmente chegou e ele foi sepultado na terra onde vivera por quase 30 anos, Populina.O Brais, O Braso, o Braisão da bicicletaria nos deixou, meu pai, meu herói foi" dar um tempo" no céu,descansar.
Até logo meu pai querido.
A gente se encontra.

Izablogger: Choveu hj

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