domingo, 12 de junho de 2011

Isabel

Isabel

Não quer mais dormir sozinha

Da cozinha


Eu posso ouvir ela gritar


Sem parar


Ela quer me enlouquecer


E pode ser


Que ela consiga no final


Mas não faz mas mal porque


Isabel


Só quer me torturar


(aha, aha, aha, aha)






Ela sabe o que ela quer


Ela quer o mundo


E quer sem demora


Ela sabe o que ela quer


Ela quer o mundo


E ela quer agora


Ela sabe o que ela quer






Isabel


Eu quero ser como você


Esquecer


E só fazer o que eu quiser


Sem sequer


Me preocupar por um segundo


No seu mundo


Ninguém pode entrar


Mas não faz mal, porque


Isabel


Só faz o que ela quer


(aha, aha, aha, aha)






Ela sabe o que ela quer

Ela quer o mundo

E quer sem demora

Ela sabe o que ela quer

Ela quer o mundo

E ela quer agora

Ela sabe o que ela quer




Isabel, Isabel, Isabel, Isabel.





letras de Capital Inicial

sábado, 4 de junho de 2011

Todos os dias quando acordo


Não tenho mais

O tempo que passou

Mas tenho muito tempo

Temos todo o tempo do mundo...

Todos os dias

Antes de dormir

Lembro e esqueço

Como foi o dia

Sempre em frente

Não temos tempo a perder...

Nosso suor sagrado

É bem mais belo

Que esse sangue amargo

E tão sério

E Selvagem! Selvagem!

Selvagem!...

Veja o sol

Dessa manhã tão cinza

A tempestade que chega

É da cor dos teus olhos

Castanhos...

Então me abraça forte

E diz mais uma vez

Que já estamos

Distantes de tudo

Temos nosso próprio tempo

Temos nosso próprio tempo

Temos nosso próprio tempo...

Não tenho medo do escuro

Mas deixe as luzes

Acesas agora

O que foi escondido

É o que se escondeu

E o que foi prometido

Ninguém prometeu

Nem foi tempo perdido

Somos tão jovens...

Tão Jovens! Tão Jovens!...

domingo, 29 de maio de 2011

A morte me rodeia

                                                        
Entre os últimos meses de 2010 e os primeiros de 2011, a morte vem levando ou ameaçando pessoas  queridas e próximas a mim.Em setembro do ano passado, precisamente no dia 15, meu marido sofreu nove paradas cardíacas; passou dez dias na UTI e por um milagre de Deus, sobreviveu.Foi uma provação, um teste do que viria a acontecer em janeiro deste ano.No dia 25, meu pai, o qual temia perdê-lo desde criança, veio a falecer, depois de seis dias na UTI.Foi sem dúvida, o dia mais triste da minha vida.De certa forma, eu sabia que embora com apenas 65 anos, esse ano ele iria me deixar.Tive essa sensação, nos dias que passara lá entre dezembro e janeiro.Eu queria agradá-lo; sentia que ele precisava saber o quanto eu o amava.Então, fazia-lhe comida, ajudava na limpeza da casa.Cortei-lhe as unhas dos pés, fora o fato de que, por telefone, teria dito-lhe a única vez que eu o amava.No dia que viemos embora, ele estava bonito com a camisa que eu lhe dera, com uma aparência saudável.Beijei-lhe o rosto e disse “ Pai, fica com Deus”.Já no caminho de volta, com os olhos marejados  desabafei com meu marido – Sinto que vou perder o meu pai. E infelizmente, eu estava certa.
No funeral do meu pai, um amigo ficou de longe observando tudo, mas não tivera coragem de se aproximar. Respeitosamente se afastou e me lançou um olhar de “sinto muito”. Senti aquilo como uma despedida, não entendi o porquê. Dez dias depois, descobri- falecera  num acidente de carro ao voltar da escola onde lecionava à noite.
No final de março, uma amiga muito querida, a qual eu sempre dava carona, quase morreu de uma infecção súbita e  generalizada.Permaneceu muitos dias no hospital.Hoje está em casa, mas não ainda totalmente recuperada.
Semana passada, durante a aula no 1º ano do Ensino Médio, li um conto pra sala,que particularmente, considero-o de extrema beleza e sensibilidade : O Gaetaninho  ; do autor Antônio Alcântara Machado, cujo tema é o sonho de um menino pobre,filho de imigrantes italianos, que era o de andar de carro e só o consegue quando é atropelado e morre.Na aula da última sexta-feira, achando-a um tanto monótona, comecei uma brincadeira com os alunos .Eu cantava um verso, escolhia um aluno e pedia para que o mesmo continuasse a música.Estava muito divertida a brincadeira, todos estavam alegres e, como amo Legião Urbana, entonei “É preciso amar “...E o coro foi recíproco : “as pessoas como se não houvesse amanhã”.Foi um sentimento tão bom e coletivo de alegria, leveza , liberdade. Em meio àqueles rostos adolescentes, um, em especial se destacava por tamanha espontaneidade vívida estampada em seu sorriso- o de André. Conheci-lhe este ano e já parecia que dera aula para ele a vida toda. De risada fácil, bonzinho, legal e educado, não era o melhor aluno; mas um ser humano lindo. Hoje, domingo, 29 de maio de 2011, depois do café, fui checar meus e-mails e me deparei com a trágica notícia de que André tinha sido atropelado e  morto na noite de ontem.
Passei o resto do domingo velando seu corpo. No seu último leito, aquele menino brincalhão, depois de muitas travessuras ,  parecia dormir.Levei-lhe um vaso de lírio laranja – a cor da alegria , esta que fora muito bem representada por André, em sua curta, mas inesquecível passagem nesta vida.Estou triste, muito triste, principalmente pela família, pela mãe.Mas, no meu íntimo, sei que ele está bem e em paz, e que, ele levou de mim algo de bom  e que a sua morte estava ligada a mim, de alguma forma.Não sei como, mas estava.
Enfim, Deus está tentando me mostrar o valor da vida, das pessoas, dos momentos, de tudo. Será essa a relação da morte comigo? Ou há mais coisas que eu não entendo ou não consigo enxergar? Não sei, por enquanto, vou tentando  viver a máxima de Renato Russo:” É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã; pois se você parar pra pensar, na verdade não há”.

                                                                                                     Izabel Cristina dos Santos

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Presente

Presente




Meu presente hoje, olhando para um passado recente está tão bom que realmente é uma dádiva, um presente de Deus. Há cerca de um ano, eu queria morrer, a vida não tinha sentido. E olha ,hoje.Estou viva e, o melhor, com vontade de viver! De aproveitar cada momento da minha vida, linda vida.Estou bem, estou feliz.Vivendo não por viver, e sim, para ser feliz!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Meu amor

Ano passado, no dia 15 de setembro quase perdi o meu companheiro de quase 20 anos.Nove paradas cardíacas quase o levaram de mim.Mas, Deus operou um milagre e hoje, ele está aqui comigo.Graças a Deus.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Até logo, pai.




Quando criança meu pai foi meu herói.Trazia-me o mundo se precisasse.Um lutador, um jovem pai trabalhador.Um homem incansável no intuito de me dar conforto.Para mim, ele era imortal.Mas, com o passar dos anos, vi que meu herói não era tão imbatível assim.Embora não parecesse,tinha uma saúde frágil.Era portador da doença de Chagas, perdera a mãe e um irmão e viriam ainda a perda de mais 5 irmãos devido a este mal.Então, todas as noites pedia a Deus por sua saúde e que prolongasse sua vida.Deus me atendia e concedia mais um ano da presença do meu pai.
Porém,nesse início de ano, mais exatamente às 2h da madrugada do dia 25 de janeiro de 2011, depois de 6 dias na UTI, Deus o recolheu .Achou que já era hora e levou meu pai.Indescritível dor a que senti vendo meu herói no seu derradeiro leito carnal.Trazia no rosto aquela expressão alegre de quando sabia que estava me fazendo feliz, ao mesmo tempo trazia uma feição de quem iria finalmente descansar.Banhei seu rosto com meu pranto de dor, de uma saudade funda, triste.Beijei-lhe a face o quanto pude,tentava juntar sua mão a minha inúmeras vezes,As unhas ainda sujas do homem trabalhador que sempre fora me enchiam de pena.Quão humilde e bom fora meu pai!A hora do adeus final infelizmente chegou e ele foi sepultado na terra onde vivera por quase 30 anos, Populina.O Brais, O Braso, o Braisão da bicicletaria nos deixou, meu pai, meu herói foi" dar um tempo" no céu,descansar.
Até logo meu pai querido.
A gente se encontra.

Izablogger: Choveu hj

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